Por ser um evento cultural muito sui generis , atraiu-me a atenção mas pensei: Hummm ...percorrer Lisboa à noite por 3 circuitos (
Red , Green and
Blue ), alguns mal iluminados com o risco elevado de ser assaltado, mas sempre em nome da arte e dos seus autores... humm ...soa-me bem! Bem, não levem a sério a cena do ser assaltado.. ahahah , tipo Lisboa é uma cidade segura...por amor de deus, não pensem em coisas más pá...?...bem, tem dias ok, tem dias! MAS.. ui desculpem levantar a voz, mas é para carrilar novamente no que interessa, percorri com enorme gosto os circuitos da Bienal, achando o conceito engraçado e forçando também um roteiro nocturno por Lisboa bastante agradável e diferente! Começámos no Pricipe Real (porra para os arrumadores de carros, nem respeitam a arte, mas sim aproveitam-se), com o circuito
RED , com uma luz algo intimista, e logo no Príncipe Real.. lol ...percebem?
RED -----> Principe Real ------> Put....ok, acho que ja apanharam, portanto voltemos ao percurso. Na praça do Príncipe Real, deparamo-nos com um "Coração"...segundo o seu autor, pois para mim eram apenas tubos de luz entrecruzados (serão os vasos sanguineos.. humm ...hesito!) efeito giro, e pouco mais. Seguindo os candeiros de luz vermelha paramos para ver um abrigo ao modo de casa de banho pública, sendo que antes passamos por uma constelação de luzes das obras, antecipando o Natal. No Largo do Camões avermelhado, deparo-me com um pedinte com um letreiro luminoso, coitado, quem é que lhe vai dar guita, quando ele tem dinheiro para a electricidade?
Depois começa o circuito
GREEN, dando um salto ao
RED e novamente
GREEN, para ver umas tendas no Pátio Garret, cada uma abordando uma perspectiva temática, um modo de vida, um meio.
Depois de projecções luminosas aqui e ali, chegamos às escadinhas de São Cristovão, entrando assim no circuito
BLUE, ao subir as escadas sou deparado com um som melancólico com vários retratos luminosos de pessoas comuns de olhos fechados, não sei bem porquê mas o espaço ali estava mais cheio que nos outros sitios, deviam estar a apreciar a música os trauseuntes que por ali estavam.
Seguimos as luzes na Rua Costa do Castelo, passando por uma "obra de arte" presente no Santiago Alquimista, sendo que no percurso se notou aqui e ali, novamente algumas projecções ou de imagens estáticas ou em movimento.
Após vermos a menina que dá a cara ao site do Bienal no Miradouro do Largo das Portas do Sol, fomos quase que por acaso (ja estavamos a fazer o percurso inverso) ter ao largo de Santo António da Sé, onde vimos mais uma arvóre iluminada com bolas e com um barulho deveras irritante a acompanhar de nome "Ressonant Objects"...que seja!
Penso que é um percurso interessante, embora eu nem sempre compreenda a vertente artistica exposta, mas vale pelo passeio por uma Lisboa que merece iniciativas destas que a promovam.
Para quem quiser, até dia 30, percorram Lisboa, seguindo as luzes!
SITE LUZBOA